“A Lei da Noite” é a mais nova excursão de Ben
Affleck pelo cinema.
O galã dirigiu, roteirizou e atuou sem a menor
cerimônia.
Que pena, se tivesse alguém pra lhe dizer algumas
verdades, teria se poupado de um enorme vexame.
A produção custou US$ 65 milhões e não arrecadou nem
a metade.
Dizem por aí que a Warnes Bros não está nada
satisfeita com os resultados desanimadores.
O fracasso é compreensível.
Affleck possui um ego bem maior que o talento.
Como diretor ele é apenas competente, não chega a
ser nenhum grande visionário.
Ainda não engoli o fato de ter ganhado como melhor
filme por “Argo” no Oscar 2013, quem
disse que a academia não comete erros monumentais?
Parece que a estatueta lhe deu coragem pra perpetrar
mais uma tolice cinematográfica.
Porém, dessa vez o projeto afundou e colocou em
risco a tal carreira de Affleck.
Joe Coughlin (Ben Affleck) é um sujeito
contraventor, filho do capitão de Polícia de Boston (Brendan Gleeson).
Mesmo tendo um pai que trabalha na lei, o filho
assume o seu total desinteresse em seguir uma carreira normal.
É mais divertido assaltar e tripudiar em cima dos
poderosos locais.
Joe também está saindo com Emma Gould (Sienna
Miller) amante de um gangster cruel e ciumento.
O tal homem descobre a traição e quer a pele de Joe
a qualquer custo.
Logo, o rapaz acaba sendo preso por um assalto
malsucedido, passando alguns anos na cadeia.
Ele sai decidido a se vingar do algoz que lhe
surrupiou a amada moça.
Joe resolve se aliar ao chefão italiano da máfia,
Maso Pescatore (Remo Girone) que o envia pra trabalhar na Flórida.
O galã vira um contrabandista temido, eliminando
todos aqueles que se colocam no seu caminho.
Obviamente que surge uma mocinha atraente pra lhe
acalmar os dias quentes.
Graciella Suarez (Zoe Saldana) vira sua namorada e
ambos parecem viver um conto de fadas regado a salsa, charutos e drinks.
Isso parece filme de gangster pra você?
Pra mim tá mais pra um dramalhão movido a trilha
sonora duvidosa e alguns tiros de festim.
“A Lei da Noite” é estiloso demais pra ser noir.
Affleck perdeu a oportunidade de fazer algo
verdadeiramente clássico.
Preferiu realizar uma obra confusa, que quer ser
solene, mas que é tão falsa quanto a
bebida que produz.
Sienna Miller diz ter rodado por 9 horas as cenas de
sexo com Affleck.
Teve ataque de choro, dramatizou o quanto pode.
Eu me pergunto: que cenas de sexo?
Não existe nenhum tipo de atração entre ele e suas
parceiras.
Nem Siena ou Zoe conseguem nos convencer de que há
algo ali.
A única que apresenta algum tipo de emoção é a jovem
Elle Fanning como a mocinha que passa o diabo em Hollywood.
O resto do elenco não parece motivado.
Também não dá pra exigir muita coisa, já que o
próprio Ben Affleck atua como se estivesse num comercial de perfume.
Robótico, bonito e nada convincente.
Autêntico lixo que sepulta um gênero que já foi
bem mais respeitado.
Adoraria que fizessem a segunda parte deste filme por que o final deixou problemas sem resolver. Os filmes de Ben Affleck são cheios do seu estilo, e logo se pode identificar quem esta responsável pela produção. Quando vi A lei da Noite automaticamente vi os detalhes que o caracterizaram realmente é impressionante o trabalho de produção.
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