Lip Service, 1ª Temporada.

 Mais um seriado segue a temática lésbica inaugurada por The L Word. Apesar de não ter o mesmo visual requintando de Los Angeles, “Lip Service” tem um atrativo capaz de quase ofuscar a sua antecessora: é bem dirigido e com atrizes bem mais talentosas que a versão americana.

Aqui, o mundo parece menos glamouroso e real. Saem as roupas caras de Bette Porter e entra o look despojado da maioria das personagens. Isso termina por fazer dessa produção escocesa um acerto em todos os sentidos.

O roteiro pode nem ser muito original, mas as interpretações não deixam a desejar e a trilha sonora tem uma linha indie brit das melhores.

Produzido pela BBC Escócia, “Lip Service” obteve relativo sucesso na terra natal e por isso mesmo já foi devidamente renovada para a segunda temporada.

Totalmente filmada em Glasgow (Escócia), a série narra a história de amigos de longas datas que vivem em meio a eterna busca pela felicidade e realização sexual.

Frankie (Ruta Gedmintas) é uma fotógrafa que resolveu tentar uma carreira em Nova York. Há dois anos fugiu de Glasgow deixando para trás um rastro de decepção em seus familiares e amigos.

Frankie foi criada pelos tios e viveu um tempestuoso romance com sua amiga de infância Cat (Laura Fraser). O namoro deu errado culminando numa separação traumática.

Apesar de tudo, ambas nutrem uma paixão que permeia grande parte do roteiro.

Cat ainda tem que lutar entre ceder ao desejo por Frankie ou apostar numa relação mais saudável com a policial Sam (Heather Pearce).

O círculo de amigos que compartilham seus segredos, alegrias e tristezas inclui a atrapalhada Tess (Fiona Button), o sensível Ed (James Anthony Pearson) e o paquerador melhor amigo de Frankie, Jay (Emun Elliot).

Recai sobre Tess o papel mais engraçado da série. Romântica, não tem nenhuma auto estima e acaba se envolvendo com mulheres complicadas. Sua vida toma um novo impulso quando conhece a bonita Lou Foster (Roxanne McKee), apresentadora de um programa famoso que descobre sua inclinação gay ao se interessar por Tess.



O que Tess não sabe é que seu amigo Ed está secretamente apaixonado por ela.

Enquanto isso, Jay tenta lutar contra o desejo por outras parceiras. Sua amizade com Frankie coloca em prova o compromisso formado com a namorada Becky (Cush Jumbo). Sua tendência à infidelidade o leva a considerar se está apto ou não a assumir um compromisso tão sério.

Filmado com simplicidade, “Lip Service” tem um visual enxuto. Os personagens são pessoas comuns. Ninguém é absurdamente rico ou vive em meio a celebridades. Até mesmo Frankie esconde uma natureza sofrida por trás da extrema necessidade de sexo. Sua personagem lembra muito a Shane de The L Word. Aliás, esse talvez seja o único fato comprometedor do roteiro. Não dá pra entender porque existe a necessidade de criar personagens tão caricaturais como esse.

Apesar da semelhança, Ruta Gedmintas consegue nos fazer crer em todas as desventuras amorosas que protagoniza pelo simples fato de ser mais bonita e talentosa que Katherine Moennig.

“Lip Service” foi criada por Harriet Braun e já acumula um grande número de fãs ao redor do mundo. O sucesso foi tanto que o Canal MAX HD o colocou em sua grade de programação. São seis episódios bem dirigidos que prometem fazer o espectador se envolver nos labirintos que seus personagens percorrem.
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