Enlightened, by HBO



Espero estar equivocada, mas “Enlightened” deve ser a primeira produção da HBO que parece destinada ao fracasso.

Não sei se por culpa do roteiro ou da interpretação equivocada de Laura Dern, mas realmente a série não consegue convencer como drama ou comédia.

Mas, eu juro que tentei rir, tentei chorar, tentei sentir dó e raiva.

Nada feito.

Só consegui ter uma vontade enorme de conferir a estréia de The Walking Dead (o que sabiamente fiz).

Cá entre nós, existe coisa mais chata que uma pessoa feliz e realizada?

Ok, sou suspeita pra falar, afinal de contas, sempre vejo chifre em cabeça de duende.

Vou tentar explicar resumidamente o roteiro de “Enlightened” .

Amy (Laura Dern) é uma executiva boca suja, egocêntrica e muito metida, que surta em pleno local de trabalho.

Xinga a secretária, o boy, o mundo todo.

 O ataque de nervos tem o seu ápice quando a doida encontra o chefe/amante e exige uma merecida promoção.

A cena é a única coisa boa de todo o episódio e a gente até sonha que está diante de algo realmente inovador.

Ledo engano, somos obrigados a lidar com a mudança repentina de personalidade da personagem.

Amy se interna numa clínica no Havaí onde descobre seu enorme potencial espiritual.

 Ela esquece toda a agressividade interna e simplesmente se transforma numa pessoa muito boazinha que vê luz em conchas do mar.

A biruta retorna ao convívio social e tenta provar que agora é uma nova mulher.

Tem o início o martírio de quem a conhece. Amy parece ter mudado de roupa e cabelo, mas por dentro ainda se comporta como uma criança mimada que necessita de atenção.

Como ninguém dá a mínima para a sua descoberta, eis que ela entra em parafuso e não aceita ser ignorada.

Sua mãe (a ótima Diane Ladd) a olha com desdém.

O ex-marido Levi (Luke Wilson) tira sarro o tempo todo de suas convicções religiosas e cheira cocaína descaradamente na sua frente.


Por fim, o ex-patrão e amante também foge dela feito diabo na cruz.

Agora imaginem ter que suportar essa ladainha por vinte e poucos minutos?

Pois é, a duração é pouca e a minha paciência também.

Impossível manter o interesse num tema tão piegas quanto esse.

Que tipo de conexão dá pra sentir com uma personagem que nem sequer parece real?

A interpretação exagerada de Laura Dern não ajuda e sela a completa falta de senso de todos envolvidos nesse projeto.

O público que não é bobo, perdeu o interesse e a audiência caiu drasticamente.

Melhor desligar a tv e ler um livro.

Ver essa baboseira de auto ajuda é mais chato que ouvir pregação em ônibus lotado.

“Enlightened” tem uma proposta imbecil de fazer rir.

 Que nada.

O máximo que consegue é criar rusgas de preocupação...

Será que existe no mundo pessoas assim tão cretinas como a personagem central?

Dá medo de pensar que sim...
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About Cláudia Pereira

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