Ringer, by CW




A temporada de estréias americanas tem sido bastante interessante. A variedade é tanta que o espectador pode se dar ao luxo de optar entre o terror psicológico ou o dramalhão espiritual médico. Ou seja, existem alternativas variadas para todos os gostos.

“Ringer” tem uma produção da CW e é dirigido para um público fã dos dramas envolvendo traição, dinheiro e poder.

Aparentemente, a série é ruim. Mas lá pela metade acaba convencendo pelo enredo esdrúxulo e pela atuação de uma conhecida atriz canastrona.

Sarah Michelle Gellar se adaptou perfeitamente ao ambiente dotado de extrema competição que o roteiro prega. Pode parecer muito pouco, mas para alguém como ela é um elogio e tanto!

Bridget (Sarah Michelle Gellar) está em recuperação do Narcóticos Anônimos e luta contra uma propensão à bebida e drogas. Testemunha ocular de um assassinato, ela é protegida pelo FBI e se dispõe a depor contra o acusado. No dia do julgamento, Bridget desiste de tudo e foge.

Ela pede ajuda a irmã gêmea Siobhan (Sarah Michelle Gellar) que lhe confessa guardar segredos sobre a sua existência. Siobhan é casada com Andrew (Ioan Gruffud) e leva uma vida glamourosa em Nova York.

Durante um passeio de barco onde falam sobre o passado, elas bebem e Bridget acorda no meio do mar sozinha. Para sua surpresa Siobhan desaparece sem deixar vestígios.

Fugindo da polícia e de um perigoso assassino , Bridget assume a identidade da irmã e retorna para Nova York disposta a esquecer sua fracassada vida anterior.

O problema é que Siobhan não é nenhuma santa. Ela trai o marido, odeia a enteada, é esnobe e arrogante. Logo de cara Bridget sente que não será fácil se adaptar ao estilo de vida completamente luxuoso que sua irmã levava. Para piorar, Siobhan também está sendo perseguida, o que torna tudo ainda mais complicado.

Ou seja, Bridget irá descobrir que a vida bem sucedida da irmã é uma farsa repleta de solidão e escolhas mal feitas.

Acho que já deu pra perceber que Sarah Michelle Gellar interpreta duas personagens simultaneamente. Eu admiro muito quem teve a coragem de colocá-la na árdua tarefa. Mas não posso negar que o resultado me surpreendeu, Gellar está perfeitamente caricatural em ambos os papéis. Sua interpretação combina com o ambiente fake da alta sociedade novaiorquina e sinceramente nem dá pra imaginar outra atriz em seu lugar.

A história é velha, porém...pegajosa. Se algum dia na vida você já gostou de novelas, Ring é obrigatório. A série apresenta todos os conteúdos presentes nas famosas produções novelísticas.

A produção é modesta mas e daí? Eu adorei ver a seqüência em que as duas estão passeando de lancha no mar. O Chroma Key é tão amador que chega a provocar risadas. Não sei se entendi errado, mas a forma como a cena foi filmada diz muita coisa sobre o virá a seguir: nada é o que parece ser.....

“Ringer” não é nenhuma obra magnífica, mas consegue entreter de forma eficiente. É o suficiente para quem curte um bom drama recheado de velhos clichês. Além do mais, não dá pra esperar muito de uma série que tem como protagonista a descartável Sarah Michelle Gellar né?

Pode parecer uma crítica feroz, mas estou verdadeiramente espantada com o talento nato da moça para interpretar gêmeas tão opostas....

Acredite se quiser.
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About Cláudia Pereira

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