A Fuga (Deafall) é um desses filmes que surpreende pela agilidade.
Sem apelar para muito blá blá blá, somos pegos de surpresa logo nos primeiros minutos de exibição.
A partir de então, seremos jogados rumo à interessante história de irmãos transgressores, que parecem ter uma relação mais íntima do que o normal.
Addison (Eric Bana) e Liza (Olivia Wilde) são dois ladrões que sofrem um acidente durante uma fuga.
Para o azar deles, o local do acidente é numa região geladíssima do Canadá.
Depois do bruto acidente, eles se vêem obrigados a se separar para despistar a polícia.
Liza se envolve com um bonitão recém saído da prisão.
Addison não se controla e segue pela região gélida deixando atrás de si um rastro sanguinolento.
O modesto roteiro discute as relações familiares, usando um pouco do velho truque do encontro familiar de Ação de Graças.
Mesmo não sendo nenhuma produção luxuosa, o filme consegue manter o espectador interessado no desfecho final.
Stefan Ruzowitzky optou por filmar tudo com extrema agilidade, usando uma fotografia que retrata fielmente o rigoroso clima canadense.
Ele ainda tem a seu favor um elenco que corresponde à expectativa.
Continuo achando Eric Bana pouco aproveitado por Hollywood.
Ele tem muito mais carisma e beleza física do que o apelativo Hugh Jackman.
No entanto, parece fadado a ter seu nome associado a produções modestas como essa.
Olivia Wilde pode não ter nenhum grande talento, mas tem incríveis olhos azuis que combinam perfeitamente com a fotografia.
O elenco é completado pela aparição dos consagrados Kris Kristofferson, Sissy Spacek e Treat Williams.
O orçamento de 12 milhões pode parecer pífio para quem está acostumado a produções milionárias.
Mas isso não compromete o resultado final.
Pelo contrário, dificilmente o espectador sairá da sessão querendo seu dinheiro de volta.
E cá entre nós, em tempos de ingressos tão caros, esse é um luxo pouco permitido hoje em dia.
0 comentários:
Postar um comentário