Mais um livro de Gillian Flynn é
adaptado para o cinema.
Se o primeiro “Garota Exemplar”
teve uma trajetória de sucesso, não pode-se dizer o mesmo desse apagado “Lugares Escuros”.
Pra quem leu o livro original, a
versão cinematográfica passa longe dos momentos de tensão que marcam a
narrativa literária.
Gillian Flynn é conhecida por
brincar com seus personagens repletos de medo, segredos e armações
maquiavélicas.
Porém, a diretora Gilles
Paquet-Brenner conseguiu realizar um filme sem nenhuma pontada de emoção.
Tem-se a impressão que a diretora
não leu ou não entendeu o conteúdo do livro de Flynn.
Algumas reviravoltas ficam sem
sentido, como se tudo caísse do céu de forma inusitada.
Libby Day (Charlize Theron) é a
única sobrevivente de um ataque de fúria perpetrado pelo irmão adolescente.
Toda a família foi chacinada,
ficando Libby pra herdar a generosidade dada por estranhos, curiosos e sedentos
pelos acontecimentos daquele fatídico dia.
A pequena Libby foi sustentada por doações financeiras, o que faz com que se
transforme numa mulher avessa a qualquer contato social mais profundo.
Libby bebe, vaga por aí sem rumo,
sem nenhum interesse por nada que não seja si mesma.
Mas, o dinheiro dos fundos acaba
e Libby é obrigada a ceder aos apelos de um grupo “Colecionadores” que
trabalham por conta pra resolver crimes nunca elucidados.
Ela aceita vender detalhes sobre
o assassinato ao Lyle (Nicholas Hoult), que consegue convencê-la a investigar
por conta própria os reais acontecimentos que envolveram o crime.
Lyle insiste que o irmão de Libby
foi condenado injustamente.
Cabe a Libby tentar provar e
acreditar na inocência do próprio irmão.
Todo o emaranhado de incertezas vão se acumulando
conforme ela entra de cabeça no que ficou.
As dificuldades vão surgindo, fazendo com que
Libby descubra coisas nunca imagináveis.
Sinto informar que nada disso
deixará o espectador mais envolvido com a trama.
Falta ao roteiro um pingo do suspense que jorra das páginas originais do livro.
A incompetência de Gilles
Paquet-Brenner enterrou todo o potencial presente.
Outro erro monumental foi escalar
Charlize Theron para o papel principal.
Charlize não emite nenhum tipo de
emoção.
Sua interpretação lembra a de um
robô digno de Transformers
Hoult também é uma bola fora.
E Chloe Grace Moretz surge
exagerada, insana, descabelada e só.
O trio perde-se em meio ao
confuso roteiro, que parece ter sido escrito com pressa.
“Lugares Escuros” é um filme
arrastado, cansativo e desprezível.
Esqueça esse lixo e vá ler o
livro.
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