“Minha mãe gosta de mulher” foi filmado em 2002 e somente em 2005 chegou às telas nacionais.
O roteiro é assinado pelas diretoras do longa que tentam discutir o preconceito de forma irônica e liberal.
Não funcionou, a história perde-se nos excessos de personagens e logo somos tomados por uma enorme preguiça de seguir adiante.
Três irmãs se reúnem para comemorar o aniversário de mãe. A matriarca Sofia (Rosa Maria Sarda) é uma pianista de sucesso e faz uma revelação que coloca em alerta toda a família: Apresenta sua namorada Eliska (Eliska Sirová) e assume sem medo o novo relacionamento. Elvira (Leonor Watling), Jimena (Maria Pujalte) e Sol (Silvia Abascal) ficam abismadas diante da revelação e resolvem se unir para dar um fim ao inusitado namoro.
As coisas poderiam ser bem melhores se a história toda não fosse centrada na personagem mais neurótica do enredo. Elvira é atrapalhada, egoísta, não tem auto estima nenhuma e passa a maior parte do filme derramando lamúrias ininterruptamente.
Toda essa verborragia excessiva torna o celulóide excessivamente cansativo. Aos poucos, o que era para ser o tema principal do roteiro fica para segundo plano.
Os 96 minutos se tornam verdadeiro teste de paciência para quem ousar apertar o play.
O elenco não combina com os personagens. Leonor Watling ganhou alguns prêmios pela sua interpretação, o que pra mim já é um espanto. Essa é uma atrizes mais caricaturais que já tive o desprazer de ver em cena.
Pior que ela acaba sendo o casal lésbico da trama. Sem nenhum impacto ou carisma, ambas ficam parecendo mãe e filha.
Tanto faz, fica a impressão que a única intenção de “Minha mãe gosta de mulher” foi chocar uma sociedade conservadora pouco acostumada a relações homo afetivas.
Bobo e pouco corajoso, o filme não choca, nem emociona ou diverte. “Minha mãe gosta de mulher” não serve nem como entretenimento. Ou seja, mais uma prova de que certas idéias mirabolantes não funcionam sem um elenco apropriado.
0 comentários:
Postar um comentário