Arnold
Schwarzenegger chora.
Lamenta.
Faz cara de
sofrido.
Quase convence.
Quase...
Mas infelizmente
o quase destrói as pretensões de um filme que queria ser diferente e não conseguiu.
A premissa de “Maggie”
era mostrar um filme de zumbis sem canibalismo e os exageros tão comuns ao
gênero.
Sinto informar
que nenhum filme sobre zumbi terá algum
êxito se não tiver muito sangue e atores maquiados feito um espantalho.
Seria injusto
afirmar que toda a culpa deve ser colocada sobre os ombros do musculoso ator.
Ele teve a coragem de sair da zona de conforto.
Convenhamos que
isso é coisa bem rara nos dias atuais.
O problema
termina por não ser ele e sim Abigail Breslin.
A mocinha
simplesmente está péssima como a filha infectada.
Ela parece
desconfortável, vazia, caricata.
Faz o mesmo
biquinho já manjado que usa em tudo que faz.
A verdade é que
Abigail era engraçadinha quando criança.
Cresceu e se
tornou apenas mais uma adolescente com cara de estorvo.
É isso.
O que dizer do
roteiro?
Um fazendeiro
tenta proteger a filha contaminada pela praga que assola a América.
Obviamente que
resolve enfrentar o sistema de saúde e levar a guria em estado terminal para a casa da
família.
Dane-se a
vizinhança.
Ele realmente
acredita que a filha terá forças para não se render ao canibalismo.
Pra sorte dele a
única coisa que a mesma desfruta é uma pobre raposa.
Os humanos
salvam-se da fome por carnes mais frescas.
Essa baboseira
poderia ter funcionado se o roteiro não soasse tão patético.
Chamar Schwarzenegger
foi covardia.
Ele não pode ser
responsabilizado pelas decisões
equivocadas tomadas pelo diretor e
roteirista.
Fiquei emocionada
ao ver a força que o brutamonte faz pra derramar uma lágrima.
Sério.
Tive ímpetos de
sair aplaudindo quando uma lágrima desceu lentamente pelo rosto.
Mas logo fui
contida quando tive que olhar pra cara de bonequinha contaminada da Abigail.
Depois de todas
essas considerações.
Acho desnecessário
dizer algo mais.
Não tem zumbi.
Não tem sangue.
Não tem alma.
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