“As bem-armadas”, by Paul Feig


Juro que fui assistir “As bem-armadas” com enorme expectativa.

Afinal de contas, a produção une a melhor comediante do cinema atual com a namoradinha americana que abocanhou  (injustamente) um Oscar.

O tiro literalmente saiu pela culatra.

Porque tudo o que esse filme não consegue é ser hilário.

Depois de alguns minutos, já estamos cansados das caras e bocas de Sandra Bullock e da gritaria de Melissa McCarthy.

Tenho a impressão que as duas foram largadas a esmo para fazerem o que quiserem em cena.

O resultado é decepcionante.

A correria, a dubiedade entre as personagens torna tudo ainda mais confuso.

Bullock- McCarthy são as versões femininas de tipos masculinos já vistos em A Hora do Rush e afins.

Duas policiais são obrigadas a se unirem para trabalharem juntas num caso.

Engana-se quem pensa que irá ver algo mais sensível ou verdadeiro.

As meninas do filme parecem movidas a hormônios e a TPM.

Soma-se a isso a mais uma reviravolta que descamba para o sentimentalismo barato.

Óbvio que a antipatia mútua será transformada em amor genuíno de amigas de infância.

Nem dá para se espantar com a obviedade do roteiro.

É sempre a mesma coisa.

Todo mundo aprende a se amar antes de descer os créditos finais.

O politicamente incorreto está presente  nas piadas envolvendo gordos, velhos e latinos.

A eterna ladainha que tanto permeia as novas comédias americanas.

É compreensível o relativo sucesso do filme.

Um filme feito sob encomenda para quem quer apenas um entretenimento razoável.


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About Cláudia Pereira

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