“Família do Bagulho” é um desses filmes fáceis de catalogar.
Simplesmente é tão ruim quanto um pacote de bolacha aberto.
O roteiro ousa tentar enganar o espectador.
À primeira vista parece transgressor.
Mas logo após trinta minutos de projeção, já dá pra perceber que existe um profundo conservadorismo oculto em suas atitudes modernosas.
David (Jason Sudekis) é um traficante barato que vende maconha.
Ele acaba sendo obrigado a ir para o México pra pegar um grande carregamento para seu fornecedor.
Mas como entrar e sair do país não é algo tão simples, ele resolve forjar uma típica família para fazer todo o trajeto sem levantar suspeitas.
Para isso leva alguns personagens que servirão de fachada na farsa.
A stripper desempregada Rose (Aniston) será a esposa dedicada; enquanto Kenny (Will Poulter) e Casey (Emma Roberts) serão os filhos aparentemente normais.
Claro que no fundo todos são bem surtados e nada correspondem ao modelo tradicional.
E para tornar ainda mais confuso, na metade eles conhecem um casal normal e careta, que personificam a típica sociedade americana.
A partir daí surgem diálogos ásperos e de baixa qualidade.
O filme descamba para o vulgaridade e perde a chance de ser engraçado.
Falar em pênis, sexo a três, masturbação e vagina é a obsessão de algumas produções atuais.
E como se não bastasse o amadorismo da situação, ainda somos obrigados a crer na repentina mudança de caráter de seus personagens.
Realmente, é o que chamo de transformação de personalidade imediata.
Pena que na vida real não seja tão simples assim.
Completando o fracasso, temos que lidar com a falta de graça dos atores principais.
Aniston, tampouco.
Ambos parecem saídos de um comercial de aluguel de veículos.
Ruins demais.
Completamente esquecível como comédia ou qualquer outra coisa.
“Família do Bagulho” é um lixo enrolado em cigarro de capim.
Não dá barato, nem nada.
Melhor fumar Marlboro.
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