Mais um filme que tenta copiar o clima noir e pesado de “Seven, os sete pecados capitais”.
Infelizmente, Denis Villeneuve não consegue nos prender por muito tempo.
O que vemos em “Os Suspeitos” são 145 minutos mal aproveitados.
Até a metade da película estamos interessados em saber o desfecho da investigação policial.
Mas logo a paciência se esgota com as sucessivas mudanças e só queremos que aquilo acabe logo para irmos ao banheiro ou para tomar algo.
As famílias Dover e Birch comemoram o Dia de Ação de Graças alegremente.
Bebem, cozinham, conversam.
A comemoração termina de forma trágica quando as duas filhas pequenas dos respectivos casais desaparecem sem deixar vestígios.
O principal suspeito torna-se Alex Jones (Paul Dano), um rapaz com idade mental de dez anos que estava com seu carro estacionado no local.
O detetive Loki (Jake Gyllenhaal) é encarregado das investigações.
Por falta de provas, a polícia acaba por libertar Alex causando a fúria de Keller Dover (Hugh Jackman), um homem habituado a resolver tudo do seu jeito.
Keller assume o papel de justiceiro e sai em busca de respostas ao capturar Alex para uma sessão de tortura.
Enquanto isso, Loki se envolve profundamente na busca pelo seqüestrador sem obter nenhum sucesso.
Diante da incapacidade da própria polícia em encontrar as respostas, resta a Keller usar de todos os artifícios da violência para provar sua suspeitas.
O roteiro aparentemente banal transforma-se num labirinto cansativo, que vai desnorteando o expectador.
Acabamos não sentindo pena nem de Alex ou de Keller.
Só queremos mesmo ver descer os créditos finais e esquecer o cabelo molhado de Loki.
Aliás, vale ressaltar a ótima atuação do elenco.
Jake Gyllenhaal convence plenamente como o detetive esforçado que se atrapalha em busca de resposta.
E Hugh Jackman volta a comprovar que nasceu para interpretar homens intensos e atormentados.
As boas interpretações não são capazes de tornar esse filme mais interessante.
“Os Suspeitos” torna-se demasiadamente longo, que se perde pelo caminho das investigações.
Fuja dessa chatice e vá assistir “Criminal Minds.”
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