“Florence: Quem é essa Mulher?”, by Stephen Frears



Lá vem Meryl Streep com mais uma indicação ao Oscar.

Se é merecida?

Claro que sim.

A premiada atriz convence totalmente como a socialite que tenta se convencer do próprio talento pra 
cantora de ópera.

Florence Foster Jenkins (Meryl Streep) era muito rica e figura popular em Nova York.

Bem relacionada, bem nascida e dotada de muito bom humor, a otimista senhora acreditava ter talento pra 
ser uma grande soprano.

Tudo isso era encorajado pelo marido St Clair Bayfield (Hugh Grant) com  a penca de amigos e puxas-sacos que ela sustentava.

Cá entre nós, como duvidar do próprio talento quando se tem uma verdadeira equipe lhe dizendo que você é muito especial?

Apesar da extrema fé em si mesma, Florence também tinha o dom de confiar muito nos outros e de ser extremamente generosa com quem lhe ajudava.

Escritores, poetas, compositores, jornalistas.

Todos eram devidamente agraciados por St Clair pra aplaudir a sua esforçada esposa.

O problema é que Florence era mesmo muito desafinada.

No entanto, nem esse detalhe desastroso foi capaz de impedir seu sucesso na carreira.

Pasmem, ela ficou bem famosa após a sua morte e vendeu discos pela América.

Essa trajetória é dirigida com bom humor e uma certa melancolia pelo talentoso Stephen Frears.

Sua película trata Florence com enorme respeito, mostrando que por trás do poder financeiro exista uma 
mulher que escondia uma sífilis contraída ainda muito jovem.

A doença terminou por lhe subtrair a  felicidade conjugal , fazendo com que St Clair mantivesse uma relação amorosa com outra mulher fora do casamento.

Meryl Streep conduz com maestria sua personagem, nos dando verdadeiros momentos de risos e lágrimas.



Acredito que chega a ser vergonhoso a Academia insistir em lhe indicar ao Oscar.

Seu talento não precisa mais de tais afagos.

Meryl Streep não consegue ser medíocre.

Hugh Grat também está delicioso como o marido infiel e gentil.



Mas é Simon Helberg quem brilha como o jovem pianista que trabalha com Florence.

Seu talento cômico vai muito além da já manjada série “The Big Bang Theory”.



Ele, Grant e Meryl formam o trio perfeito.

“Florence: Quem é essa Mulher?” é um filme que trafega entre o drama e a comédia.

Frears conseguiu dosar a camada de sentimentos sem ser piegas.

Tudo muito bem feito, escrito e dirigido.


Pequena obra prima que não irá decepcionar aos fãs da experiente Meryl Streep. 
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