Cake – Uma Razão para Viver, by Daniel Barnz




Jennifer Aniston acordou.

A queridinha da América, a Rachel de “Friends” manteve uma carreira repleta de filmes divertidos e  bobos.

Eis que de repente, a quarentona Aniston mandou tudo às favas e resolveu provar que existe um talento enorme oculto naquela camada de cabelos perfeitos.

O debut dela em filmes sérios não poderia ter sido melhor.

“Cake” é a oportunidade que toda profissional gostaria de ter.

Um filme  que retrata o sofrimento de uma mulher que passou por maus momentos na vida e que tem marcas enormes na alma e no corpo.

Ainda bem que Barzn conseguiu extrair da experiente atriz um tipo de atuação rara em seu currículo.

O filme não seria o mesmo sem a  sua presença luminosa.

Claire (Jennifer Aniston) é uma advogada que sobreviveu a um acidente em que perdeu o filho.

Ela também tem sequelas físicas pelo corpo, sentindo dores que a fazem tomar medicamentos específicos.

Depressiva, razinza, amarga, Claire entra num grupo de apoio para mulheres.

Lá ela descobre o suicídio de uma das participantes e resolve pesquisar o motivo que a levou a cometer tal atitude.

A obsessão toma conta de Claire, fazendo com que ela se envolva com o marido viúvo e o filhinho deixado por Nina (Anna Kendrick).

Logo, cria-se uma fantasia em que ambas discutem a possibilidade de Claire vir a cometer o mesmo ato.

Obviamente que tudo parece ser consequência das altas dosagens das substâncias tomadas por ela, já que Claire precisa dos remédios para suportar as consequências do acidente.

A vida sem perspectiva, o passado manchado por uma tragédia, o abandono do marido, a solidão, tudo parece prever uma catástrofe eminente.

Mas existe Silvana (Adriana Bazarra) ajudante na casa de Claire, que revela-se muito mais  presente que a patroa poderia supor.

Silvana termina por se transformar  importante para a  recuperação de Claire, sendo uma amiga, confidente e única pessoa que conhece todo o sofrimento pelo qual ela passou.

Essa relação inusitada irá tornar algumas cenas bem engraçadas e comoventes.

Daniel Barnz realizou uma obra consistente e dramática.

Seu trabalho é todo baseado na presença carismática de Jennifer Aniston que carrega o filme com extrema competência.

Ela e Adriana Bazarra criam um elo muito forte entre si, dando ao espectador momentos repletos de ironia e gracejo.

O que dizer da estupenda transformação de Aniston?



A moça fez dezenas de críticos engolirem a arrogância, provando ser capaz de atuar com verdadeira entrega.

Corajosa a decisão de abrir mão do conforto dos velhos papeis cômicos e românticos.

Cruel, divertida, sofrida, egoísta, Claire é uma personagem repleta de defeitos, e por isso mesmo, encantadora.

Impressionante caracterização de uma atriz até então bem pouco valorizada.

Jennifer Aniston deu um tapa na cara da  indústria cinematográfica.

Chupa Jolie!!

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