“Home Sweet Hell”, by Anthony Burns




“Home Sweet Hell” é uma comédia de horror que tenta soar moderninha e maluca.

Infelizmente, a caretice americana não permite que suas pretensões sejam realizadas.

Lá pelas tantas, fica claro que o roteiro irá tratar de eliminar a personagem maléfica antes que desçam os créditos.

Afinal de contas, o crime não compensa,  e quem não consegue se enquadrar nas regras da sociedade merece ser excluído do convívio social.

O diretor Anthony Burns não foge  da obviedade.

Seu filme erra ao não  ter a coragem de assumir o que vende na propaganda

Pelo menos temos o prazer de ver um elenco disposto a entrar de cabeça na brincadeira mal desenvolvida.

Don Champagne (Patrick Wilson) é o  carismático dono de uma loja de imóveis.

Ele é casado com Mona (Katherine Heigl) dona de casa que sofre de transtorno obsessivo compulsivo.

O casamento é dominado por Mona, que não permite que nada saia do seu controle.

Surge então a sensual Dusty (Jordana Brewster) vendedora que seduz Don com muita jovialidade e determinação.

As coisas acabam saindo do controle ao Dusty revelar uma gravidez acidental.

Ela chantageia Don que recorre à esposa em busca de uma solução.

A obcecada Mona convence o marido que a única forma de solucionar o problema é eliminando a amante indesejável.

O problema é lidar com a falta de coragem de Don, que termina por deixar tudo a cargo da psicopata esposa.

Um dos poucos acertos do filme é justamente a relação doentia entre o casal protagonista.

O fraco Don é uma marionete na mão da vingativa e turbulenta Mona.

Engraçada a cena em que ela tem a oportunidade de realizar seus atos maquiavélicos.

Pena que o roteiro trate logo de eliminar qualquer resquício de simpatia pela única personagem verdadeiramente autêntica.

Impossível não se encantar com a metódica e sexy esposa.

Palmas para a irrepreensível interpretação de Katherine Heigl.

Ela está deliciosamente à vontade no papel da mulher que explode de contentamento ao eliminar seus oponentes.

Patrick Wilson também convence no papel do marido palerma, suas caras e bocas nos fazem  rir com espontaneidade.

“Home Sweet Hell” decepciona ao tornar tudo meio superficial.

Uma falha imperdoável para quem tem personagens tão cativantes.


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About Cláudia Pereira

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