Keanu Reeves está de volta em mais um filme de ação transloucada.
Não dá pra negar a competência do astro em fazer o típico papel de homem introvertido, que resolve tudo com socos e pontapés.
Apesar de detestar esse tipo de cinema, tenho que reconhecer a eficiência do roteiro e do trabalho realizado pela dupla de diretores.
Ambos conseguiram realizar uma película ágil, onde a principal atração é uma sucessão de pancadaria, onde não há espaço para blá blá blá.
Afinal de contas, é dispensável colocar crises existenciais em meio a pirotecnia de violência vista aqui.
Quanto a isso não há o que reclamar.
O filme cumpre o prometido, dando ao espectador doses generosas de selvageria.
John Wick é um matador que fez parte de uma rede internacional de todo tipo de bandidagem.
Depois de perder a mulher, John resolve se vingar do filho do chefe da organização após ele ter matado seu cão e roubado seu carro.
Há anos afastado de qualquer tipo de envolvimento com a rede criminosa, John volta à ativa exterminando quem ousa atravessar seu caminho.
A vingança parece uma forma de tratar da dor da perda, uma fuga para que ele possa fugir do que tanto lhe aflige.
Wick torna-se um homem que trata sua depressão de forma bem singular.
Neste ponto o filme é realmente bem diferente de todos os outros concorrentes.
Sem sentimento de culpa, sem arrependimentos, o anti-herói quer apenas resolver o assunto de forma bem rápida.
O medo dos adversários não deixa dúvidas, Wick é um temido e competente exterminador.
O filme tem cenas impressionantes de lutas e tiroteios, tudo filmado com extrema rapidez.
Palmas para a dupla de diretores que usaram a própria experiência como dublê para tornar seu filme original.
Diferente das atuais produções americanas do gênero, “De Volta ao Jogo” não brinca em serviço, o roteiro é curto e seco, vai no ponto exato, rendendo muitos socos, tiros e outras perversidades.
Um filme que derrama testosterona e sangue na mesma proporção.
Os machos mais brutos vão gostar.
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