“Creed: Nascido para Lutar” , by Ryan Coogler



Emocionada.

Foi assim que fiquei ao descer os créditos de “Creed: Nascido para Lutar”.

O novo filme  do diretor e roteirista Ryan Coogler  transmite  diversas emoções durante a sua projeção.

O cara conseguiu trazer de volta  um mito e ainda deixou um legado que mostra-se promissor.

É completamente possível esperar a continuação dessa história de superação e aprendizado.

Coogler foi extremamente feliz na construção de seu roteiro.


“Creed” é um filme que foge dos estereótipos criados pelo mundo do boxe.

Emocionante, sensível, guerreiro, emotivo.

O filme surpreende pela agilidade e pelas incríveis lutas filmadas em plano sequência.

Ainda não consigo entender como o diretor conseguiu filmar com tanta agilidade, fazendo com que praticamente tenhamos que desviar dos golpes mortíferos.

Adonis Johnson (Michael B. Jordan) é um garotinho rebelde, sempre metido em confusão, que descobre ser filho do lendário lutador Apollo Creed.

Adonis é adotado pela esposa de Apollo, que lhe proporciona uma vida repleta de oportunidades  e conforto.

Porém, Adonis tem o sonho de ser um lutador tão bom quanto o seu pai.

Ele abandona uma  promissora carreira e resolve ir em busca dos seus ideais.

Para isso, ele recorre ao mito Rocky Bolboa, agora um senhor aposentado,  dono de um simpático restaurante.

Mas Rocky não aceita o pedido do rapaz, pois acha que está velho pra trabalhar nos ringues.

Depois de muita insistência por parte de Adonis, Balboa cede aos pedidos do determinado jovem, 
iniciando  uma série de treinamentos rigorosos para fazer com que ele se transforme num vitorioso lutador.

Toda essa sequência de fatos são mostrados sem pressa, fazendo com que degustemos de cada aspecto dessa amizade paternalista que cresce entre os dois.

Acompanhamos o amadurecimento de Adonis num excelente lutador  e Balboa mostra toda fragilidade ao lidar com os contratempos do destino.

A união do poder e da fragilidade de ambos torna “Creed: Nascido para Lutar” um filme crível.

Ao lidar com a realidade, o filme torna-se extremamente valoroso.

Toda essa fluidez é filmada com absoluta desenvoltura, jamais perdendo o pique, conferindo a produção uma simplicidade encantadora.

Acreditem, Ryan Coogler   retirou do limbo uma das histórias mais execradas pelos críticos e a colocou num pedestal nunca imaginado.

Quem imaginaria que veria Sylvester Stallone ser ovacionado ao receber o Globo de Ouro na pele de Rocky Balboa?



Stallone interpreta aqui seu personagem mais querido, dando um significado digno de sua carreira cinematográfica.

Esqueçam os filmes de ação, pancadaria e outras baixarias que o experiente ator protagonizou.

Stallone se redime e nos entrega um Balboa apaixonante, engraçado, romântico e sofrido.

A vida foi dura com ele, mas Rocky sempre foi um lutador.

E aqui ele enfrenta uma batalha cruel que será revelada sem pieguismo.

Michael B. Jordan também brilha ao encarnar o jovem obstinado, que encontra em Balboa a referência paternal nunca desfrutada.


“Creed: Nascido para Lutar” não é somente um filme de boxe.

Ryan Coogler  realiza uma pequena obra prima em forma de homenagem a um dos personagens  mais marcantes  da indústria do cinema.


Absolutamente arrebatador! 
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