“Pegando Fogo”, by John Wells




“Pegando Fogo” é um típico filme sobre o velho papo do cara egoísta, egocêntrico e doido, que surta por causa das drogas, prejudica amigos, desaparece e retorna, anos depois, buscando a redenção como se nada tivesse acontecido.

O planeta todo tem que entender e perdoar os erros.

Os amigos servem de escada pra ele alcançar o nirvana.

Surge até uma mocinha linda, que compreende a sua jornada, fazendo de tudo pra ajuda-lo a chegar lá.

Ah, e tem também um amigo gay, que nutre uma paixão oculta por ele, que esquece o quanto foi tripudiado pelo rebelde rapaz.

O filme seria ainda mais caricato se não fosse a presença reluzente de Bradley Cooper.

É por causa dele que a produção quase se torna digna de ser assistida.

Adam Jones (Bradley) já foi um chef famoso que perdeu tudo por causa do vício de drogas.

Anos depois, Adam retorna à Londres pedindo ajuda do velho amigo dono de um hotel (Daniel Bruhl).

O rapaz rico nutre uma paixão secreta pelo velho amigo e topa o desafio de coloca-lo de volta na chefia do restaurante.

Coisa de louco né?

Somente Hollywood pra nos fazer crer que uma pessoa tão cafajeste tenha a capacidade de se redimir depois de ter  aprontado tanto.

O gancho permite que Adam volte à cozinha, monte uma equipe com os melhores  e faça os famosos malabarismo dignos de Master Chef.

E haja temperos, facas, panelas,  restaurantes bem decorados e comida pra ser degustada com os olhos.

Ainda sobra tempo pra surgir um romance com a parceira de cozinha divorciada (Sienna Miller), que suspira pelo olhar sexy do bonitão.



O diretor optou por fazer de seu filme apenas mais um registro da carreira bem sucedida de Bradley Cooper.

Pena que nem todo o apelo comercial fez do filme um sucesso de bilheteria e crítica.

Mostrar o corpo musculoso não foi o suficiente pra tornar a película digna de uma garfada.

Falta a “Pegando Fogo” um pouco de audácia e muito semancol.

Não dá mais pra suportar esse tipo de personagem que começa o filme sendo um cara cheio de defeitos e termina por se redimir perante toda a sociedade.

O roteiro não convence com suas receitas mirabolantes.

Não tem azeite que resolva o gosto de comida barata.

Recomendado apenas pra quem é fã do galã ou pra quem está de dieta.

Pouca comida, pra muita  gula e pretensão.




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About Cláudia Pereira

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