Luc Besson sempre foi um cara meio doidaço.
Aliás,
não há doideira suficiente para
descrever o que passa pela cabeça do diretor francês.
Seus
filmes são uma enxurrada da exageros, cenas estaparfúdias e inverossímeis.
“O Quinto Elemento”, “A Família”, “Nikita”,
fazem parte do curriculum invejável de
Besson.
“Lucy” é mais um de seus filmes repletos de
impossibilidades, muita rapidez e
violência sem limites.
Pelo menos não somos obrigados a ver sangue
espirrando na tela como faz o previsível Tarantino.
O francês maluco jamais faria algo tão
gratuito.
Apesar da fama de surtado, Besson mostra um
dos seus trabalhos mais interessantes.
Ok, assumo que sinto uma certa simpatia
pelo tipo de cinema que ele faz.
O meu lado comercial e pipoqueiro sente
prazer ao testemunhar sua forma louca de filmar.
Quem foi que disse que um arrasa quarteirão não pode tb ser delicioso?
A jornada desastrosa de Lucy (Scarlett
Johansson) inicia-se ao ser jogada por um namoradinho no mundo do tráfico de
drogas.
Ela é obrigada a levar uma certa quantidade
de uma poderosa droga no estômago e acaba absorvendo todo o conteúdo no
organismo ao ser torturada por bandidos.
Repentinamente Lucy adquire super poderes e
se transforma numa mulher ninja digna da
marvel.
A
mocinha detona tudo que surge à sua frente sem dó nem controle.
Chega
a ser engraçada a cena em que Lucy atira friamente sobre um paciente na mesa de
cirurgia.
Essas
sacadas hilárias só poderiam sair da cabeça do
cineasta maluco.
As imagens absurdas parecem soltar pela
tela, quase causando um cansaço visual.
Duvido que alguém vá sair do cinema
reclamando de tédio.
“Lucy” é o tipo de filme feito para quem
não quer sofrer com assuntos sérios.
Scarlett Johansson parece muito à vontade
no papel da lourinha bem dotada, fica claro que ela também tem talento para
distribuir sopapos e fazer cara de robô.
Missão cumprida.
O novo filme de Luc Besson é uma bobagem
bem feita, que não mudará o mundo, nem te fará uma pessoa melhor.
Lucy foi feito para divertir
e o faz com muito talento.
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