O
cinema coreano continua provando sua pujança cinematográfica.
Depois
de Park Chon-Wook, surge mais um diretor com enorme talento.
Bong
Joon-Ho realiza seu primeiro filme em inglês, tendo a frente um elenco
exemplar.
Baseado
na HQ francesa Le Transperceneige, “O Expresso do Amanhã” é uma obra que
prima pela originalidade e requinte visual.
A
trama é tipicamente apocalíptica, mostrando a terra sendo engolida pelo gelo e
os sobreviventes tendo que conviver num trem chamado de
Snowpiercer, divididos por classes sociais e tropas armadas até os
dentes.
Obviamente
que a classe operária, pobre e desfavorecida, planeja uma rebelião para tomar o
expresso de sobressalto.
Comandados
por um líder bastante sequelado, Gilliam (John Hurt) prepara seu aprendiz
Curtis (Chris Evans) para levar o plano adiante.
Mas
para isso, Curtis terá que lutar contra um sistema asfixiante, em que a chefa
Mason (Tilda Swinton) usa e abusa da falta de piedade, usando requintes de
crueldades para conter a revolta popular.
O
magnífico roteiro é mais do que certeiro, ele prende, manipula e cativa o
espectador.
Repleto
de incríveis reviravoltas, somos jogados pra lá e pra cá feito marionetes.
Bong
Joon-Ho mostra-se um mestre em conduzir cenas de tirar o fôlego.
Melhor
ainda é perceber que a trama surpreende com uma audácia pouca vista no cinema
americano atual.
Uma
dica, não se apegue a nenhum personagem por muito tempo.
O
roteiro não brinca em serviço, personagens centrais podem sumir conforme a
necessidade da história.
Bong
Joon-Ho não subestima quem está sentado na cadeira.
O
elenco impressiona pela qualidade.
Tilda
Swinton está divertidíssima como a deplorável Mason, a atriz atua com extrema
desenvoltura e habitual talento.
Agora,
o mais estranho é ver Chris Evans atuando de verdade.
Sério,
quer dizer que além de bonito o rapaz tb sabe atuar?
Verdadeiro
milagre conseguido pelo coreano.
Sensacional,
divertido, impactante, irônico.
Não
existem adjetivos suficientes para descrever a sensação de assistir ao novo
filme de
Bong
Joon-Ho.
O
“Expresso do Amanhã” é um exemplo autêntico que comprova que a união
entre a cultura HQ e o cinema é perfeitamente possível.
Engole
essa América!
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