“Sniper Americano”, by Clint Eastwood.





O conservadorismo americano faz mais uma vítima.

Desta vez resolveram apontar as armas do politicamente correto para a cabeça da lenda viva Clint Eastwood.

Simplesmente irônico ver Seth Rogen reclamar da violência e das motivações do personagem retratado por Clint.

Ora ora, mas não foi Seth Rogen que fez aquele filme babaca em que debocha dos coreanos???

Juro que gargalhei ao ler essa notícia, é algo tão surreal que nem vale a pena levar à sério.

Deixemos a mediocridade do Sr. Rogen para outra ocasião.

Digam o que quiserem, mas “Sniper Americano” é um filme muito bem realizado, com um requinte visual bem raro no gênero de guerra.

É preciso muito talento para convencer uma nação inteira das boas intenções de Chris Kyle (Bradley Cooper).

Se bem que o americano típico adora esse papo de patriotismo exacerbado.

Doa a quem doer, eles glorificam a lealdade ao país, mesmo que ela esteja envolta em sangue e execuções sumárias.

Talvez isso explique o inesperado sucesso da película.

“Sniper Americano” virou a maior bilheteria da aplaudida carreira de Clint.

Estranho?

Bastante compreensível, já que o homem representa o velho estilo western.

E é munido de tal estilo que ele consegue nos manter cativos na cadeira.

Chris Kyle (Bradley Cooper) é o típico cowboy de rodeio.

Desde pequeno foi criado sob o discurso patriota de defender sua honra e nação.

Aprendeu tb a ser um exímio atirador.

Kyle resolve ingressar nas forças armadas disposto a tudo.

Obviamente que seu talento não passa despercebido.

Imediatamente é recrutado para servir como atirador de elite, um autêntico sniper.

Sua excelente pontaria rendem frutos  à frente militar.

Reza a lenda que acertou mais de 200 alvos na guerra.

A vida pessoal de Kyle tb é retratada de forma bem simpática

Ele é casado com uma boa moça (Sienna Miller) que tenta fazê-lo voltar pra casa

Kyle quase renuncia às obrigações familiares pra servir ao país.

Nesses momentos percebe-se a tentativa de Clint em humanizar um mito repleto de polêmica.

Funcionou.

O sofrimento da esposa do herói realmente nos torna mais consciente da difícil escolha do personagem.

As cenas de guerra são maravilhosamente bem dirigidas, mostrando que Clint realmente sabe o que faz.

Palmas para a cena do combate final entre os atiradores.

Ainda não entendi o falso conservadorismo usado pelos detratores do filme.

Violento? Cruel? Abusivo?

Menos, por favor...menos.

O que dizer então de certas produções feitas para tv?

O que seria então o personagem de Dexter Morgan??

Podem latir à vontade.

O brilhantismo do velho senhor mostra-se impecável.

Digo o mesmo para a estupenda interpretação de Bradley Cooper e Sienna Miller.

Cooper conseguiu incorporar o personagem com enorme competência.

Sienna volta a contracenar com a delicadeza de sempre.

Volto a repetir, essa moça é injustamente subestimada.

Ambos dão extrema realidade aos papeis que encarnam.

Não se deixe levar pelo falso moralismo de Seth Rogen & Cia.

Cada um de nós pode e deve tirar as suas próprias conclusões.

“Sniper Americano” é um belo tapa na cara dos playboys pacifistas que recheiam a indústria cinematográfica atual.

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